A conjuntivite alérgica geralmente ocorre quando os olhos de uma pessoa entram em contato com um alérgeno, uma substância que causa a reação exagerada do sistema imunológico no corpo. Um alérgeno é uma substância, usualmente inofensiva, capaz de desencadear uma resposta do sistema imunológico e resulta em uma reação alérgica. Por exemplo, se você tem alergia ao ácaro, seu sistema imunológico identifica o ácaro como invasor ou alérgeno. O sistema imunológico responde liberando substâncias químicas que normalmente causam sintomas no nariz, garganta, olhos, ouvidos, pele.
Os alérgenos comuns incluem:
– Proteínas e pelos de animais
– Poeira
– Poluição
– Medicamentos (como antibióticos ou substâncias que você aplica na pele)
– Alimentos (como ovo, amendoim, leite, nozes, soja, peixe, carne animal e trigo)
– Esporos de fungos
– Insetos (picadas) e ácaros
– Látex
– Pólen
Existem muitas causas potenciais de conjuntivite, incluindo infecções bacterianas ou virais e alergias. Todos os tipos de conjuntivite provocam vermelhidão nos olhos, embora nem sempre olhos vermelhos sejam causados por conjuntivite. Como o tratamento difere, é necessário obter o diagnóstico correto para que seja instituído o tratamento adequado.
Os sintomas mais presentes nas conjuntivites são olhos vermelhos, coceira e ardências, inchaço, secreção mucoide, sensação de corpo estranho entre outros.
Conjuntivite alérgica aguda – A conjuntivite alérgica aguda é uma reação de início repentino que ocorre quando uma pessoa entra em contato com um alérgeno conhecido, como pelos de animais. Os sintomas incluem episódios intensos de coceira, vermelhidão, lacrimejamento e inchaço da pálpebra. Os sintomas podem ser graves, embora, na maioria das vezes, se resolvam dentro de 24 horas após a remoção do alérgeno.
Conjuntivite alérgica sazonal – A conjuntivite alérgica sazonal é uma forma de alergia ocular que geralmente causa sintomas mais leves (mas mais persistentes) durante uma temporada específica de pólen. Esse tipo de conjuntivite é bem menos comum no Brasil do que em países da Europa e América do Norte. Os alérgenos sazonais incluem pólen de árvores na primavera, pólen de grama no verão e pólen de ervas daninhas no final do verão e outono, embora exista alguma variação com base na localização geográfica.
Conjuntivite alérgica perene – A conjuntivite alérgica perene é uma conjuntivite alérgica leve, crônica e relacionada a alérgenos ambientais (geralmente em ambientes fechados) durante todo o ano, como ácaros, poeira, poluição, animais e/ou fungos.
Cuidados básicos no tratamento da conjuntivite alérgica:
– Evite esfregar os olhos! Se a coceira for incômoda, é recomendado usar, por exemplo, lágrimas artificiais, compressas frias e até colírios anti-inflamatórios e/ou colírios anti-histamínicos.
– Minimize a exposição ao alérgeno; pacientes com conjuntivite alérgica crônica devem considerar consultar um especialista em alergia para determinar quais alérgenos são responsáveis por seus sintomas (por exemplo, ácaros, fungos etc).
Medicamentos:
– Pessoas com sintomas de início súbito podem usar colírio anti-histamínico.
– Pessoas com sintomas sazonais ou durante o ano todo são geralmente tratadas com uma combinação de colírio anti-histamínico e antialérgicos por via oral.
– Um anti-histamínico oral pode ser mais útil quando tomado preventivamente (antes que os sintomas se desenvolvam). No entanto, os anti-histamínicos também podem ser usados para tratar os sintomas após o início.
– Colírios esteroides (corticoides) – são eficazes no alívio rápido dos sintomas, mas estão associados a uma grande quantidade de efeitos colaterais, potencialmente perigosos, tais como: formação de catarata, glaucoma e infecções bacterianas e virais da córnea e conjuntiva. Eles devem ser usados apenas a curto prazo, somente sob indicação e supervisão médica e nunca na presença de infecções, como por herpes.
O manejo adequado da conjuntivite alérgica precisa de um diagnóstico preciso. Por se tratar de uma condição com sintomas muito comuns e pouco específicos, o seu médico deve diferenciar de outras causas e iniciar o mais breve possível o tratamento correto. Muito provavelmente a consulta a um especialista em alergia (Alergologista) é bem indicada e faz grande diferença para o sucesso do tratamento.
Fonte: American College of Allergy, Asthma & Immunology (ACAAI) (acaai.org/)
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